No ano de 1212, em Espanha, surge, por ordem de El-Rei D. Alfonso VIII, o primeiro “Studium Generale” em Palencia, que seria o antecessor das actuais Universidades. Pouco tempo depois, D. Diniz manda construir os Estatutos Gerais de Lisboa (1285) que, devido a diversos problemas entre a população e os estudantes foram trasnferidos pouco depois para Coimbra – surgindo a primeira Universidade portuguesa (com esta designação). Aos Estudos Gerais que foram sendo criados acediam jovens de todo o país e mesmo de outros países vizinhos. Assim surgem, em Espanha, os Sopistas, predecessores dos actuais Tunos.
Os Sopistas eram estudantes pobres que, com as músicas, simpatia e brincadeiras percorriam casas nobres, conventos, ruas e praças em troca, muitas vezes, de um prato de sopa (daí o seu nome – sopistas) ou de uma moeda que os ajudasse a custear os estudos. Quando caía a noite e tocavam os sinos de recolha cantavam serenatas às donzelas que queriam conquistar, sendo, muitas vezes, perseguidos pelas polícias universitárias (visto que o recolher era obrigatório para os estudantes). Daí que os Sopistas começaram a utilizar longas capas negras para, na noite escura, se poderem esconder dos polícias.
(...)
Eram conhecidos por transportarem sempre consigo um garfo e uma colher de madeira, o que lhes permitia comer em qualquer lado. Assim, quando se formaram as primeiras Tunas, ainda com muitas tradições sopistas, os símbolos adoptados (essencialmente em Espanha) foram, justamente a colher e o garfo de madeira.
Foi no Século XVI que se formaram as Tunas como as conhecemos hoje. Os sopistas passaram a ter direito, segundo a “Instrucción para bachilleres de pupilos” instaurada em 1538, a residências estudantis (para queles que não podiam custear o seu alojamento). Nas residências não se podiam misturar cursos diferentes e eram dirigidas pelos estudantes mais antigos. Assim as residências juntaram a comunidade sopista, logo, nunca foram grande exemplo de estudo, daí que no livro “La vida del Picaro Guzmán de Alfarache” podemos ler: “...no querian ver libro, ni atender a lo que habian venido a la Universidad; jamás se les caían las guitarras de las manos, daban mucho entretenimiento, cantaban muy bueno sonotillos y siempre tenian de nuevos, y los sabian nacer muy bien y pasar el instrumento”.
(...)
Julga-se que o nome Tuna surgiu, porque muitas das tradições sopistas eram baseadas na atitude de um califa, boémio e mulherengo, de Tunes – Tunísia, que levava uma vida trovadoresca. Passava dias e noites a cantar pelas ruas e em grandes tainadas com os amigos e, pela noite, encantava as donzelas de Tunis com serenatas ao som do seu alaúde. Assim, os sopistas tinham sido influenciados por esse califa da Tunísia o que originou que, mais tarde, visto que o nome sopista já não condizia a realidade (os estudantes passaram a tocar para se divertirem e não para sobreviverem) e tornara-se depreciativo, os grupos de estudantes de tradição sopista se passassem a intitular Tunas.
Esta origem remota no mundo Árabe desta tradição secular, a das Tunas, explica porquê que o bandolim desempenha um papel fundamental na sonoridade das Tunas, porque foi inspirado no Alaúde deste Califa. Os instrumentos eram, e ainda são (apesar de algumas alterações mais recentes), maioritariamente cordofones pois isto permitia às Tunas andarem pelas ruas carregando-os.
As tunas em Portugal surgiram apenas em meados do séc. XIX. Conta-se que um grupo de estudantes de Coiombra se deslocou, um dia, a Espanha e, observando o sucesso que as Tunas por lá faziam importaram a ideia para o nosso país. No entanto, é muito difícil definir qual a Tuna mais antiga do país. Sabe-se que a Tuna Académica da Universidade de Coimbra se fundou no ano de 1888, a Tuna Universitária do Porto também se crê que tenha tido a sua origem por volta de 1890, ainda sob outra designação e mesmo antes da criação (oficial) da Universidade do Porto, a Estudantina de Coimbra também se pensa ter uma existência secular, a Tuna Académica do Liceu Nacional de Évora - por muitos considerada a primeira Tuna portuguesa, a Tuna de Ciências da universidade do Porto também remota ao início do séc. XX, entre outras.
Hoje em dia as Tunas são um fenómeno generalizado em Portugal, Espanha e América Latina, existindo apenas algumas tunas fora destas regiões.
Os Sopistas eram estudantes pobres que, com as músicas, simpatia e brincadeiras percorriam casas nobres, conventos, ruas e praças em troca, muitas vezes, de um prato de sopa (daí o seu nome – sopistas) ou de uma moeda que os ajudasse a custear os estudos. Quando caía a noite e tocavam os sinos de recolha cantavam serenatas às donzelas que queriam conquistar, sendo, muitas vezes, perseguidos pelas polícias universitárias (visto que o recolher era obrigatório para os estudantes). Daí que os Sopistas começaram a utilizar longas capas negras para, na noite escura, se poderem esconder dos polícias.
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Eram conhecidos por transportarem sempre consigo um garfo e uma colher de madeira, o que lhes permitia comer em qualquer lado. Assim, quando se formaram as primeiras Tunas, ainda com muitas tradições sopistas, os símbolos adoptados (essencialmente em Espanha) foram, justamente a colher e o garfo de madeira.
Foi no Século XVI que se formaram as Tunas como as conhecemos hoje. Os sopistas passaram a ter direito, segundo a “Instrucción para bachilleres de pupilos” instaurada em 1538, a residências estudantis (para queles que não podiam custear o seu alojamento). Nas residências não se podiam misturar cursos diferentes e eram dirigidas pelos estudantes mais antigos. Assim as residências juntaram a comunidade sopista, logo, nunca foram grande exemplo de estudo, daí que no livro “La vida del Picaro Guzmán de Alfarache” podemos ler: “...no querian ver libro, ni atender a lo que habian venido a la Universidad; jamás se les caían las guitarras de las manos, daban mucho entretenimiento, cantaban muy bueno sonotillos y siempre tenian de nuevos, y los sabian nacer muy bien y pasar el instrumento”.
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Julga-se que o nome Tuna surgiu, porque muitas das tradições sopistas eram baseadas na atitude de um califa, boémio e mulherengo, de Tunes – Tunísia, que levava uma vida trovadoresca. Passava dias e noites a cantar pelas ruas e em grandes tainadas com os amigos e, pela noite, encantava as donzelas de Tunis com serenatas ao som do seu alaúde. Assim, os sopistas tinham sido influenciados por esse califa da Tunísia o que originou que, mais tarde, visto que o nome sopista já não condizia a realidade (os estudantes passaram a tocar para se divertirem e não para sobreviverem) e tornara-se depreciativo, os grupos de estudantes de tradição sopista se passassem a intitular Tunas.
Esta origem remota no mundo Árabe desta tradição secular, a das Tunas, explica porquê que o bandolim desempenha um papel fundamental na sonoridade das Tunas, porque foi inspirado no Alaúde deste Califa. Os instrumentos eram, e ainda são (apesar de algumas alterações mais recentes), maioritariamente cordofones pois isto permitia às Tunas andarem pelas ruas carregando-os.
As tunas em Portugal surgiram apenas em meados do séc. XIX. Conta-se que um grupo de estudantes de Coiombra se deslocou, um dia, a Espanha e, observando o sucesso que as Tunas por lá faziam importaram a ideia para o nosso país. No entanto, é muito difícil definir qual a Tuna mais antiga do país. Sabe-se que a Tuna Académica da Universidade de Coimbra se fundou no ano de 1888, a Tuna Universitária do Porto também se crê que tenha tido a sua origem por volta de 1890, ainda sob outra designação e mesmo antes da criação (oficial) da Universidade do Porto, a Estudantina de Coimbra também se pensa ter uma existência secular, a Tuna Académica do Liceu Nacional de Évora - por muitos considerada a primeira Tuna portuguesa, a Tuna de Ciências da universidade do Porto também remota ao início do séc. XX, entre outras.
Hoje em dia as Tunas são um fenómeno generalizado em Portugal, Espanha e América Latina, existindo apenas algumas tunas fora destas regiões.
Fonte:http://webapps.fep.up.pt/tafep/site2/index.php?option=com_content&view=article&id=18&Itemid=14
Aqui fica explicada a origem daquilo que hoje conhecemos como tunas e porque surgiram, porque tuna não é apenas um grupo de pessoas que cantam, não é andar vestido de preto para parecer tudo igual, não +e traçar uma capa porque faz frio, não é cantar para alguém porque queremos ser famosos, etc... é um estilo de vida, é suor, dedicação e até lágrimas, são sorrisos audíveis e inaudiveis, é usar a alma e colocá-la em cada acorde, cada nota emitida, cada salto e som conseguido...é respirar.
Porque só quem gosta e quem sente o que falo, porque não espero que toda a gente entenda isto dedico este post a quem sente o espirito académico e a tuna da mesma forma que eu, aos meus afilhados André, Alex e Vera, à Ana Catarina, obviamente à minha namorada e claro e inesquecivelmente à grande TESESJD.
=)